Chegou ao fim um grande fenômeno mundial do cinema. Salas lotadas por todo mundo e fãs caracterizados marcaram presença nesse acontecimento histórico. Após 10 anos de sucesso (nos cinemas), estreia o último filme da saga, “Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2”. Na segunda parte do final épico da série, a batalha entre o bem e o mal no mundo da magia se torna uma guerra entre centenas de bruxos. Os riscos nunca estiveram tão altos e nenhum lugar é seguro o suficiente. Assim, Harry Potter precisa se apresentar para fazer o seu último sacrifício, enquanto o confronto final com Lorde Voldemort se aproxima. 
É complicado falar sobre a adaptação de ‘Harry Potter’ pro cinema sem ter lido nenhum livro sequer, porém, alguns fãs andam reclamando que faltam detalhes importantes nesse último filme. Pelo que entendi, apesar de sua duração de 130 minutos, o longa foi resumido ao máximo para tentar fidelizar-se ao livro. Assim, a quantidade de informações passadas, pode confundir um pouco a cabeça de alguns espectadores, mas nada que atrapalhe o desempenho e o decorrer da história. O filme contém suspense, bastante ação, e a parte cômica desta vez deu lugar ao drama - não deixando de colocar alguns comentários engraçados esporadicamente. Talvez, pela grande expectativa de um final emocionante, como todos diziam ser, eu esperava mais emoção. Alguns fãs choraram no cinema, mas acredito que o choro era mais pelo fato de ser o último filme do que alguma carga dramática que se passava ali. 
Acredito eu, que algumas mortes que acontecem nos dois filmes anteriores, foram muito mais dramáticas e emocionantes que os acontecimentos desse filme. O fator psicológico sobressaiu ao lado emocional.
Em matéria de efeitos especiais, o filme está muito bem trabalhado. Ele passa a sensação de estar vivendo naquele mundo de fantasia, e impõe credibilidade nas explosões, fatos e ‘animais exóticos’ que surgem durante a trama. Tudo isso com uma mãozinha dos atores envolvidos, que dão um show de atuação - com poucas exceções. E por falar em atuação, o elenco vem com tudo. Destaque para Alan Rickman que interpreta com maestria e grande importância o vilão Severus Snape e Ralph Fiennes que impõe respeito como Lord Voldemort, principalmente nesse último filme. Achei fascinante o papel de Fiennes nesse filme. Cheguei a querer torcer por ele em certo ponto, me fazendo mudar os conceitos à respeito de seu personagem. 
Voldemort passa muito mais credibilidade de poder e maldade. Por outro lado, alguns personagens são meio que esquecidos, fazendo pontas quase como figurantes. Isso talvez aconteça pela quantidade de personagens secundários que o filme apresenta. Daniel Radcliffe (Harry Potter), Emma Watson (Hermione) e Rupert Grint (Rony), apesar de agora entender realmente o que estão fazendo, não têm uma interpretação diferente dos outros filmes - desde o primeiro, aliás. O mesmo acontece com Tom Felton (Draco Malfoy), que passa todas as cenas com a mesma cara de arrogância, característica do personagem. (Felton que esteve no Rio de Janeiro para a premiere de Harry Potter no Brasil, e acompanhou a pré-estreia com muita simpatia)
De um modo geral, o filme vale a pena, e vai agradar a todos os fãs da série, terminando em grande estilo. Destaque para o final focado no rosto dos três personagens principais (19 anos depois), o que aumenta ainda mais a saudade de quem acompanhou a história dessa amizade. Com certeza, um filme que entrou para a história do cinema, e também estará na prateleira de muita gente por todo o mundo.
Confira abaixo um vídeo de despedida dos atores de “Harry Potter”:
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